sexta-feira, 3 de maio de 2013

PASSADO, PRESENTE, FUTURO.

Vida!
Era passado. Era quase adolescência. Mas deu-se coincidência estarem lá, no mesmo lugar, no mesmo sorriso nervoso, na mesma vontade em infidelidade cúmplice dos seus corpos. Ela já tinha feito dele poesia mal acabada. Ele já tinha esquecido nela, toda falta de propósito. E tudo pertencia, no pretérito, à justa forma deles. 
Mas tempos depois ela esbarrou [já adulta] no verde dos olhos do menino que sempre foi problema. E ele tropeçou [já homem feito] nos passos lascivos da menina que sempre abusou de ser romântica. Eram outros. Eram quase desconhecidos. Mas ainda sustentavam a mania de grandeza de pertencer a eles, neles.


Tiago da Silva Vieira.


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